Qtern é indicado em associação à metformina como auxiliar da dieta e do exercício físico para melhorar o controle da glicemia, isto é, do nível de açúcar no sangue, em adultos com diabetes mellitus tipo 2, ou quando o tratamento com metformina associado a um dos componentes de Qtern (saxagliptina ou dapagliflozina) não têm o efeito adequado, ou em pacientes que já utilizam a combinação de saxagliptina, dapagliflozina e metformina na mesma dose de Qtern, e têm o nível de glicemia controlado adequadamente, mas com comprimidos separados.
Qtern combina os princípios ativos saxagliptina e dapagliflozina, que possuem mecanismos de ação diferentes e que se complementam para melhorar o controle da glicemia (nível de açúcar no sangue). A saxagliptina aumenta a secreção da insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose [açúcar] no sangue); enquanto a dapagliflozina age impedindo que os rins reabsorvam a glicose em excesso que foi filtrada. A combinação destas duas substâncias faz com que a quantidade de hemoglobina glicada (célula que indica a quantidade de açúcar no sangue) seja reduzida para um melhor controle da glicemia (nível de açúcar no sangue) em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
Você não deve usar Qtern se você tem histórico de alguma reação grave de hipersensibilidade (alergia) às substâncias ativas (saxagliptina e dapagliflozina) ou a qualquer um dos excipientes deste medicamento, incluindo anafilaxia (reação alérgica generalizada, grave e rápida, que pode levar ao inchaço da glote, que pode impedir o fluxo de ar, e parada cardíaca) ou angioedema (doença que provoca o surgimento de inchaços na camada mais profunda da pele, especialmente nos lábios, mãos, pés, olhos ou região genital) após exposição a qualquer medicamento da classe da saxagliptina.
Você não deve usar Qtern se apresentar mau funcionamento de grau moderado a grave dos rins (definido como TFGe < 60ml/min/1,73m2 ou ClCr < 60 ml/min).
O uso de Qtern não é recomendado caso você apresente mau funcionamento grave do fígado.
Os comprimidos de Qtern podem ser tomados em qualquer horário do dia, com ou sem alimentação. O comprimido deve ser engolido por inteiro.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A dose recomendada de Qtern é de um comprimido de 5 mg de saxagliptina/10 mg de dapagliflozina ao dia.
A dose máxima diária de Qtern é de 5 mg/10mg/dia, ou seja, 1 comprimido ao dia.
Para segurança e eficácia desta apresentação, Qtern não deve ser utilizado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.
Qtern pode ser usado por pacientes com mau funcionamento de grau leve dos rins (definido como TFGe> 60 ml/min/1,73m2 ou ClCr > 60 ml/min). A eficácia da dapagliflozina é dependente do funcionamento dos rins. Você não deve usar Qtern se apresentar mau funcionamento dos rins de grau moderado a grave (definido como TFGe < 60ml/min/1,73m2 ou ClCr < 60 ml/min) ou doença renal terminal.
Qtern pode ser usado por pacientes com mau funcionamento do fígado leve a moderado. A segurança e eficácia de Qtern não foi estudada em pacientes com mau funcionamento grave do fígado. Por isso, o uso de Qtern em pacientes que apresentam mau funcionamento grave do fígado não é recomendado.
A segurança e a eficácia de Qtern em pacientes pediátricos e adolescentes (menores de 18 anos de idade) não foram estabelecidas.
Pacientes idosos têm maior probabilidade de terem a função dos rins diminuída, portanto, deve-se ter cuidado com esses pacientes.
Não há dados sobre o uso de Qtern em pacientes com 75 anos ou mais.
Em pacientes com depleção de volume (diminuição da quantidade de líquido existente dentro dos vasos sanguíneos – volume intravascular), é recomendada a correção desta condição antes do início do tratamento com Qtern.
Não utilizar Qtern com medicamentos como cetoconazol, atazanavir, claritromicina, indinavir, itraconazol, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir e telitromicina.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você deixar de tomar uma dose de Qtern, tome-a assim que se lembrar. Se estiver quase na hora da dose seguinte, pule a dose que esqueceu. Apenas tome a próxima dose no horário normal. Não tome duas doses ao mesmo tempo. Converse com seu médico se tiver dúvidas sobre uma dose que esqueceu.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Qtern não é indicado caso você apresente diabetes tipo 1.
A eficácia de dapagliflozina depende do funcionamento dos rins e é reduzida em pacientes com mau funcionamento de grau moderado e provavelmente ausente em pacientes com mau funcionamento grave dos rins. Você não deve usar Qtern se apresentar mau funcionamento dos rins de grau moderado a grave (taxa de filtração glomerular < 60ml/min/1,73m2 ClCr < 60ml/min) ou doença renal terminal (DRT) – taxa de filtração glomerular < 30 ml/min/1,73m2 ). O seu médico deve avaliar o funcionamento dos seus rins antes de iniciar Qtern e periodicamente depois do início do tratamento.
A exposição à dapagliflozina e à saxagliptina é maior em pacientes que apresentam mau funcionamento do fígado. Os dados disponíveis de Qtern em pacientes com mau funcionamento de grau leve ou moderado do fígado são limitados e seu uso em pacientes com mau funcionamento grave do fígado não foi avaliado.
Qtern pode ser utilizado se você apresenta mau funcionamento de grau leve ou moderado do fígado. Você não deve usar Qtern se apresentar mau funcionamento grave do fígado.
O efeito diurético (que promove o aumento da quantidade de urina) da dapagliflozina pode diminuir a quantidade de líquido existente dentro dos vasos sanguíneos. Alguns pacientes apresentam risco de depleção de volume, isto é, de diminuição excessiva dos líquidos no organismo devido ao uso de algum medicamento (como por exemplo os diuréticos usados para tratamento da hipertensão) ou em casos de diarreia seguida de desidratação. Por isso, o médico deve avaliar o grau de hidratação dos pacientes e corrigi-lo, caso seja necessário, antes de iniciar o uso de Qtern. Caso você apresente uma diminuição excessiva dos líquidos no organismo (por exemplo, desidratação), seu médico deve considerar interromper o tratamento com Qtern temporariamente.
Qtern não deve ser usado para o tratamento da cetoacidose diabética, uma complicação grave do diabetes mellitus que ocorre quando o corpo produz ácidos sanguíneos (cetonas) em excesso. Há relatos de cetoacidose, em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 em uso de dapagliflozina e outros medicamentos com o mesmo mecanismo de ação. Qtern não está indicado para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 1.
Pacientes tratados com Qtern que apresentam sinais e sintomas compatíveis com cetoacidose, incluindo náuseas, vômitos, dor abdominal, mal-estar e esforço para respirar, devem ser avaliados para cetoacidose, mesmo se os níveis de glicose no sangue forem inferiores a 250 mg/dl. Se houver suspeita de cetoacidose, seu médico deve considerar descontinuar ou interromper temporariamente o uso de Qtern e seu estado deve ser imediatamente avaliado.
Qtern não foi estudado em combinação com insulina. Insulina e secretagogos de insulina, que são medicamentos que promovem o aumento da secreção de insulina, como as sulfonilureias, são conhecidos por causar hipoglicemia (baixa concentração de glicose no sangue). Ambos saxagliptina e dapagliflozina individualmente podem aumentar o risco de hipoglicemia (nível muito baixo de açúcar no sangue) quando combinados com insulina ou um secretagogo de insulina. Portanto, uma dose mais baixa de insulina ou sulfonilureia pode ser necessária para diminuir o risco de hipoglicemia, se utilizados em combinação com Qtern.
Casos raros, mas que podem levar à morte, de fasciíte necrosante ou gangrena de Fournier, uma infecção dos tecidos moles da região perineal, causada por bactérias, foram relatados no período pós-comercialização. Se você apresentar sintomas como sensibilidade, vermelhidão ou inchaço na área genital, acompanhados de febre e mal-estar, procure um médico e pare imediatamente o uso do medicamento.
Houveram relatos pós-comercialização de infecções graves do trato urinário, incluindo urosepse (infecção que atinge todo o corpo por meio do sangue, a partir de uma infecção urinária) e pielonefrite (infecção nos rins) que exigiram hospitalização em pacientes recebendo dapagliflozina e medicamentos com o mesmo mecanismo de ação. O tratamento com estes medicamentos pode aumentar o risco de infecções do trato urinário. Seu médico deve avaliá-lo para sinais e sintomas de infecções do trato urinário e tratá-lo imediatamente, se indicado.
Durante a experiência pós-comercialização, as seguintes reações adversas foram relatadas com o uso de saxagliptina: reações alérgicas graves, incluindo anafilaxia (reação alérgica grave caracterizada que pode causar inchaço da glote, impedir o fluxo de ar e levar a parada cardíaca) e angioedema (doença que provoca o surgimento de inchaços na camada mais profunda da pele, especialmente nos lábios, mãos, pés, olhos ou região genital). Se houver suspeita de reação alérgica grave à saxagliptina, seu médico deve descontinuar o uso de Qtern e um outro tratamento para a diabetes deve ser considerado.
Durante a experiência pós-comercialização de saxagliptina, ocorreram relatos espontâneos de pancreatite aguda (inflamação no pâncreas, que causa dor abdominal grave e persistente, náuseas e vômito). Se houver suspeita de pancreatite, Qtern deve ser descontinuado.
Pacientes idosos têm maior probabilidade de terem a função dos rins diminuída, portanto, deve-se ter cuidado com esses pacientes.
Não há dados sobre o uso de Qtern em pacientes com 75 anos ou mais.
Medicamentos que contém saxagliptina devem ser usados com cuidado em pacientes que apresentam fatores de risco conhecidos para hospitalização por insuficiência cardíaca, como histórico de insuficiência cardíaca (coração não bombeia o sangue como deveria) ou mau funcionamento dos rins de grau moderado a grave. O seu médico deve orientá-lo sobre os sintomas da insuficiência cardíaca (dificuldade para respirar, principalmente ao deitar, inchaço nos pés e pernas e aumento do peso corporal rápido e incomum), e caso você os sinta, deve relata-los imediatamente.
Dor nas articulações, que pode ser grave, tem sido descrita nos relatos pós-comercialização dos medicamentos com o mesmo mecanismo de ação da saxaglitpina. Essa dor pode ser aliviada após a interrupção do tratamento e alguns pacientes podem apresenta-la novamente caso voltem a utilizar o mesmo medicamento ou caso passem a utilizar algum medicamento com o mesmo mecanismo de ação. As dores podem surgir logo após o início do uso do medicamento ou após um longo período de tratamento. Caso você apresente dor forte nas articulações, seu médico deve avaliar a continuação do tratamento.
Foram relatados casos pós-comercialização de penfigoide bolhoso (doença em que o sistema imunológico ataca a pele e provoca bolhas grandes, difíceis de romper, que podem estar acompanhadas de coceira e vermelhidão da pele ao redor das bolhas) com o uso de medicamentos com o mesmo mecanismo de ação da saxagliptina. Caso você desenvolva bolhas ou erosões na pele ao receber Qtern e houver suspeita de penfigóide bolhoso, seu médico deve avaliar a continuação do tratamento e fazer o encaminhamento a um dermatologista, que é o profissional capacitado para o diagnóstico e tratamento apropriado.
Qtern não deve ser usado durante a gravidez. Se a gravidez for detectada, o tratamento com Qtern deve ser interrompido.
Não se sabe se Qtern é excretado no leite materno. Por isso, Qtern não deve ser usado por mulheres que estejam amamentando.
Nenhum estudo sobre os efeitos na capacidade de dirigir e usar máquinas foi realizado.
As reações adversas de Qtern são apresentadas na Tabela 01.
Tabela 01. Reações Adversas Relatadas em ≥ 2% dos Pacientes Tratados com 5 mg saxagliptina e/ou 10 mg de dapagliflozina
Frequência |
Termo Preferido |
Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) |
Infecção do trato respiratório superior1* (por exemplo: faringite, rinite, sinusite) |
Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) |
Infecção do trato urinário (cistite (infeção na bexiga), infecção dos rins, uretra ou próstata) 2*, infecção da região genital por fungos3, gastroenterite (infecção intestinal)**, diarreia, vômitos**, dor lombar (dor na coluna), artralgia (dor articular), dor de cabeça, dislipidemia4* (colesterol alto), poliúria (aumento da quantidade de urina) 5** |
* Reações adversas relatadas em ≥5% dos pacientes tratados na análise de segurança conjunta incluem: infecção das vias aéreas superiores, infecção do trato urinário, e dislipidemia (alteração do colesterol e triglicérides).
** Gastroenterite (infecção intestinal), vômitos, e poliúria foram indicados em ≥ 2% de indivíduos tratados com qualquer um dos monocomponentes e ≥1% mais que placebo.
1 Infecção do trato respiratório superior inclui os seguintes termos relatados: nasofaringite (inflamação da mucosa interna do nariz e faringe), influenza, infecção das vias aéreas superiores, faringite, rinite, sinusite, faringite bacteriana, amigdalite, amigdalite aguda, laringite, faringite viral, e infecção viral das vias aéreas superiores.
2 Infecção do trato urinário inclui os seguintes termos preferidos relatados: infecção do trato urinário, infecção do trato urinário por Escherichia, prostatite (infecção da próstata) e pielonefrite (infecção dos rins).
3 Infecção genital inclui os seguintes termos preferidos relatados: infecção fúngica vulvovaginal (infecção da vulva e vagina por fungos), balanopostite (inflamação da glande e prepúcio), infecção genital por fungo, infecção vaginal, e vulvovaginite (infecção da vulva e da vagina).
4 Dislipidemia inclui os seguintes termos preferidos relatados: dislipidemia, hiperlipidemia, hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia.
5 Poliúria inclui os seguintes termos preferidos relatados: poliúria, e polaciúria.
A cetoacidose diabética (complicação grave do diabetes com sintomas de: náuseas, vômito, dor abdominal, mal-estar e falta de ar) foi identificada com uma frequência rara (≥ 1/10.000 a <1/1000), com base na taxa anual, em um grande estudo de resultados cardiovasculares com dapagliflozina em pacientes com diabetes tipo 2.
A maior parte das infecções genitais foi relatada em mulheres. Na maioria dos casos, não foram graves, ocorreram apenas uma vez, e a maioria dos pacientes não precisou suspender o uso da medicação para o tratamento do diabetes.
A maior parte das infecções urinárias ocorreu nas mulheres. a maioria dos casos, não foram graves e a maioria dos pacientes não precisou suspender o uso da medicação para o tratamento do diabetes.
Vinte e dois (22) dos 27 pacientes que apresentaram esta complicação no grupo dapagliflozina, também estavam em uso de insulina (esta complicação é mais frequente nos pacientes DM2 que utilizam insulina).
O risco para ocorrência de cetoacidose foi o como o esperado para os pacientes com diabetes tipo 2.
Nos estudos realizados, a incidência geral de hipoglicemia foi baixa em pacientes que utilizaram a combinação de saxagliptina com dapagliflozina mais metformina. Nenhum episódio de hipoglicemia importante foi relatado, e nenhum paciente descontinuou o tratamento em estudo devido à hipoglicemia.
Os eventos relacionados à depleção de volume (hipotensão [pressão sanguínea baixa], desidratação e hipovolemia [diminuição do volume sanguíneo]) foram relatados em dois pacientes no grupo que usou a combinação de saxagliptina e dapagliflozina com metformina nos estudos realizados.
Eventos adversos relacionados à diminuição da função dos rins apareceram em 2,0% dos pacientes que estavam no grupo que usou a combinação de saxagliptina e dapagliflozina com metformina nos estudos realizados.
Os eventos cardiovasculares que foram julgados e confirmados foram relatados em um total de 1,0% dos pacientes no grupo que usou a combinação de saxagliptina e dapagliflozina com metformina.
A variação média da frequência cardíaca entre os três grupos de tratamento foi semelhante. Os tratamentos que contêm dapagliflozina foram associados a reduções maiores na pressão arterial sistólica e diastólica (pressão sanguínea). Os pequenos efeitos na pressão arterial se mantiveram com o passar do tempo.
Os resultados dos estudos feitos com a combinação de saxagliptina, dapagliflozina e metformina demonstraram que há uma tendência de aumento do colesterol total e das suas frações LDL-C (colesterol ruim) e HDL-C (colesterol bom), junto com reduções na média de triglicérides.
Durante a experiência pós-comercialização, foram relatadas as seguintes reações adversas com o uso da saxagliptina: pancreatite aguda (inflamação no pâncreas, que causa dor abdominal grave e persistente, náuseas e vômitos) e reações de hipersensibilidade (alergia), incluindo anafilaxia (reação alérgica generalizada rápida e grave que pode levar ao inchaço da glote, impedir o fluxo de ar e levar à parada cardíaca), angioedema (doença que provoca o surgimento de inchaços na camada mais profunda da pele, especialmente nos lábios, mãos, pés, olhos ou região genital), erupção cutânea (reação na pele caracterizada por vermelhidão e inchaço), e urticária (manchas avermelhadas na pele que coçam). Pelo fato dessas reações serem relatadas voluntariamente a partir de uma população de tamanho incerto, não é possível estimar de modo confiável suas frequências.
Durante a experiência pós-comercialização, erupção cutânea (reação na pele caracterizada por vermelhidão e inchaço) foi relatada com o uso da dapagliflozina. Além disso, também foram relatados casos de fasciíte necrosante do períneo, ou gangrena de Fournier (infecção dos tecidos moles da região genital que pode causar sensibilidade, vermelhidão ou inchaço na área genital, acompanhado de febre e mal-estar. Se você apresentar estes sintomas, procure um médico e pare imediatamente o uso do medicamento.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Uso oral.
Uso adulto.
Cloridrato de saxagliptina equivalente a 5 mg e dapagliflozina propanodiol monohidratada equivalente a 10 mg de dapagliflozina.
Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, lactose anidra, estearato de magnésio, dióxido de silício, álcool polivinílico, macrogol 3350, dióxido de titânio, talco, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho, goma laca, laca de alumínio índigo carmim.
Não existem informações disponíveis sobre a superdosagem de Qtern. Em caso de uma superdosagem, isto é, o uso de uma quantidade maior que a indicada, o tratamento apropriado de suporte deve ser iniciado conforme indicado pela sua condição clínica. A saxagliptina e seu metabólito principal são removidos por hemodiálise, filtração do sangue realizada por um equipamento (23% da dose em quatro horas). A remoção da dapagliflozina pela hemodiálise não foi estudada.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Um estudo de interação feito com os componentes de Qtern, saxagliptina e dapagliflozina, demonstrou que eles não interagem um com outro. Portanto, nenhum ajuste de dose da saxagliptina ou da dapagliflozina é necessário quando usadas em combinação.
Ver os itens de interação medicamentosa para saxagliptina e dapagliflozina. Em resumo, não há interação medicamentosa clinicamente significativa esperada para saxagliptina ou dapagliflozina.
Não utilize Qtern com os medicamentos atazanavir, claritromicina, indinavir, nefazodons, nelfinavir, ritonavir, saquinavir e telitromicina.
Em estudos de interação realizados, utilizando doses únicas ou múltiplas, a saxagliptina não foi alterada pela metformina, gliburida, pioglitazona, digoxina, sinvastatina, diltiazem, cetoconazol, rifampicina, omeprazol, combinação do hidróxido de alumínio + hidróxido de magnésio + simeticona, ou famotidina.
Em estudos de interação realizados, utilizando doses únicas ou múltiplas, a saxagliptina não alterou o comportamento das seguintes substâncias no organismo: metformina, gliburida, pioglitazona, digoxina, sinvastatina, diltiazem, cetoconazol, ou um contraceptivo oral combinado de estrógeno/progestina.
Em estudos de interação realizados, usando principalmente uma dose única, a dapagliflozina não foi alterada pela metformina, pioglitazona, sitagliptina, glimepirida, voglibose, hidroclorotiazida, bumetanida, valsartana ou sinvastatina. Após a administração da dapagliflozina junto com rifampicina ou ácido mefenâmico, foi observada uma redução da quantidade de dapagliflozina, mas nenhum efeito significativo sobre a excreção de glicose na urina de 24 horas em qualquer um dos casos foi observado. Não é recomendado o ajuste da dose de dapagliflozina quando ela é administrada junto com rifampicina ou com ácido mefenâmico.
Em estudos de interação realizados, usando principalmente uma dose única, a dapagliflozina não alterou o comportamento das seguintes substâncias no organismo: metformina, pioglitazona, sitagliptina, glimepirida, hidroclorotiazida, bumetanida, valsartana, sinvastatina, digoxina ou varfarina.
A administração de uma dose única de dapagliflozina (20 mg) junto com sinvastatina (40 mg) ou com bumetanida não afetou o comportamento destas substâncias no organismo.
A dapagliflozina não afetou a ação de evitar a coagulação do sangue pela varfarina.
Não foram estudados os efeitos do tabagismo (uso de cigarros), dieta, fitoterápicos, e uso de álcool sobre o comportamento da saxagliptina e dapagliflozina no organismo.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
O tratamento com saxagliptina e dapagliflozina (em combinação ou adjuvância) em todas as doses produziu melhora clinicamente relevante e estatisticamente significativa na HbA1c, comparativamente aos braços do estudo comparador ativo ou placebo.
Um total de 534 pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2 e controle glicêmico inadequado com metformina isolada (HbA1c ≥ 8% e ≤ 12%) participaram de um estudo de superioridade de 24 semanas, randomizado, duplo-cego, controlado por comparador ativo que avaliou a associação de saxagliptina 5 mg e dapagliflozina 10 mg adicionada concomitantemente à metformina, versus saxagliptina (inibidor da DPP4) ou dapagliflozina (inibidor de SGLT2) isoladas adicionadas à metformina. Os pacientes foram randomizados para um de três grupos de tratamento duplo-cego para receber saxagliptina 5 mg e dapagliflozina 10 mg adicionadas à metformina XR; saxagliptina 5 mg e placebo adicionados à metformina XR; ou dapagliflozina 10 mg e placebo adicionados à metformina XR.
O grupo saxagliptina 5 mg e dapagliflozina 10 mg atingiu reduções estatisticamente significantes na HbA1c versus o grupo saxagliptina ou o grupo dapagliflozina em 24 semanas (ver Tabela 1 e Figura 1).
Tabela 1: HbA1c na Semana 24 no Estudo com Controle Ativo que comparou a Associação de Saxagliptina 5 mg e Dapagliflozina 10 mg Adicionados Concomitantemente à Metformina com Saxagliptina ou Dapagliflozina Adicionado à Metformina
Eficácia-Parâmetro |
Saxagliptina 5 mg + dapagliflozina 10 mg + metformina N=1792 | Saxagliptina 5 mg + metformina N=1762 |
Dapagliflozina 10 mg + metformina N=1792 |
HbA1c (%) na semana 241 |
|||
Basal (média) |
8,93 | 9,03 |
8,87 |
Variação em relação ao basal (média ajustada3) (IC 95%) |
−1,47 (−1,62, −1,31) |
−0,88 (−1,03, −0,72) |
−1,20 |
Diferença da saxagliptina + metformina (média ajustada3) (IC 95%) |
−0,594 (−0,81, −0,37) |
- | - |
Diferença da dapagliflozina + metformina (média ajustada3) (IC 95%) |
−0,275 (−0,48, −0,05) |
- | - |
1LRM = Medidas repetidas longitudinais (utilizando os valores antes do resgate).
2Pacientes randomizados e tratados.
3Média dos quadrados mínimos ajustada para o valor basal.
4Valor de p < 0,0001.
5Valor de p =0,0166.
Figura 1: Variação em relação ao Basal na HbA1c – Período Duplo-Cego de 24 Semanas nos Pacientes Randomizados
N é o número de pacientes randomizados com pelo menos uma dose do medicamento duplo-cego durante o tratamento duplo-cego de curto prazo. A média se refere à variação média em relação ao basal em um modelo misto com tratamento, valor basal, semana, interação semana-por-tratamento, e interação semana-por-basal como variáveis independentes. As barras de erro representam os intervalos de confiança de 95% para a variação média ajustada em relação ao basal. O gráfico usa os valores dos pacientes do estudo antes do resgate.
A maioria dos pacientes neste estudo tinha uma HbA1c basal > 8% (Tabela 2). A combinação de saxagliptina 5 mg e dapagliflozina 10 mg adicionadas ao tratamento com metformina demonstrou, de forma consistente, reduções maiores na HbA1c independente do HbA1c basal comparado com a saxagliptina 5 mg ou dapagliflozina 10 mg isoladas adicionadas à metformina. Em uma análise pré-especificada estratificada por subgrupo, as reduções médias em relação ao basal na HbA1c foram, no geral, maiores para os pacientes com valores basais mais altos de HbA1c.
Tabela 2: Análise de Subgrupo da HbA1c de acordo com a HbA1c Basal na Semana 24 nos Pacientes Randomizados –Variação Média ajustada desde o basal de acordo com o basal
Tratamentos |
Variação média ajustada em relação ao basal pela HbA1c basal |
||
- | < 8,0% | ≥ 8% a < 9,0% |
≥ 9,0% |
Saxagliptina 5 mg + Dapagliflozina 10 mg + Metformina |
–0,80 (n=37) (–1,12, – 0,47) |
–1,17 (n=56) (–1,44, –0,90) |
–2,03 |
Saxagliptina 5 mg+ Metformina |
–0,69 (n=29) (–1,06, – 0,33) |
–0,51 (n=51) (–0,78, –0,25) |
–1,32 |
Dapagliflozina 10 mg + Metformina |
–0,45 (n=37) (–0,77, – 0,13) |
–0,84 (n=52) (–1,11, –0,57) |
–1,87 |
n = número de pacientes sem valor ausente no basal e um valor na Semana 24.
Quarenta e um vírgula quatro por cento (41,4%) (IC 95% [34,5, 48,2]) dos pacientes (CV181169) no grupo de saxagliptina 5mg e dapagliflozina 10 mg em combinação atingiram níveis de HbA1c inferiores a 7% em comparação com 18,3% (IC 95% [13,0, 23,5]) pacientes no grupo saxagliptina 5 mg e 22,2% (IC 95% [16,1, 28,3]) pacientes no grupo dapagliflozina 10 mg na semana 24.
Um número maior de respondedores foi relatado no grupo saxagliptina 5 mg mais dapagliflozina 10 mg mais metformina comparado com saxagliptina 5 mg mais metformina ou dapagliflozina 10 mg mais metformina (Tabela 3).
Tabela 3: Análise do Subgrupo para a HbA1c pela Proporção de Pacientes que atingiu HbA1c < 7% na Semana 24
Tratamentos |
Proporção de pacientes que atingiu HbA1c < 7% com base na HbA1c basal |
||
- | < 8,0% | ≥ 8% to < 9,0% |
≥ 9,0% |
Saxagliptina 5 mg + Dapagliflozina 10 mg + Metformina |
65,1 (n=26/40) (50,6, 79,7) |
49,7 (n=30/58) (37,0, 62,4) |
23,5 |
Saxagliptina 5 mg + Metformina |
58,1 (n=16/30) (40,8, 75,5) |
10,5 (n=6/61) (3,0, 17,9) |
8,5 |
Dapagliflozina 10 mg + Metformina |
42,1 (n=18/40) (27,1, 57,0) |
19,0 (n=11/58) (8,9, 29,1) |
14,6 |
Referência em entregas de medicamentos de uso crônico, contínuo e de alta complexidade. Ligue para Anchieta Medicamentos (19) 3227-3815